domingo, 22 de junho de 2008

Deu Ferrari mesmo, mas com Massa!

Felipe Massa conseguiu sua 8ª vitória na Fórmula 1, a liderança do campeonato e de quebra ainda acaba com dois tabus, 15 anos sem um brasileiro liderando o campeonato, o último tinha sido Ayrton Senna, e 23 anos sem vitórias de um brasileiro na França, a última tinha sido em 7 de julho de 1985 com Nelson Piquet e sua Brabham/BMW.

A largada das Ferraris foi perfeita e na briga pela terceira posição Jarno Trulli conseguiu superar Alonso e Kubica e bravamente defendeu sua posição até o final. Parecia que a vitória de Kimi Raikkonen era fato consumado, pois ele virava sempre mais rápido que Massa e fez o primeiro pit stop sem nenhuma ameaça por parte do brasileiro.

Mas pra ser campeão é necessário ter sorte, e neste domingo ela estava do lado do brasileiro. Raikkonen teve um problema com o escapamento que se desprendeu na 37º volta, e começou a perder rendimento com o carro, sendo ultrapassado sem maiores dificuldades por Massa algumas voltas depois. Mesmo assim o finlandês conseguiu manter-se na segunda posição até o final.

Mesmo com uma chuva fraca, Massa manteve-se na pista com a regularidade necessária para a vitória, saindo da França líder do campeonato com uma diferença de 5 pontos para seu companheiro de equipe.

Dos outros concorrentes ao título o melhor foi Kubica que conseguiu manter o 5º lugar da largada, chegando a brigar pela 3ª posição com Trulli boa parte da corrida. Já Lewis Hamilton teve uma atuação pífia. Tentando ganhar posições logo no início, fez uma ultrapassagem irregular na 13ª volta foi punido com um Drive Trough, terminando em 10º lugar e ainda tendo que ver seu companheiro de equipe, fazer sua melhor atuação na temporada, chegando em 4º lugar e disputando a 3ª posição com Trulli. Por pouco Kovalainen não consegue um pódio da França.

Quanto aos brasileiros, Barrichello fez o que podia com o terrível carro da Honda, largando em último e chegando em 14º. Já Nelsinho Piquet fez a melhor corrida da temporada, segurando a McLaren de Hamilton no começo da corrida por 6 voltas e no final, já administrando a 8ª posição para marcar seus primeiros pontos, teve uma colher de chá do bi-campeão Fernando Alonso que errou. Demonstrando personalidade, Nelsinho ultrapassou Alonso, mesmo tendo a opção de deixar Alonso recuperar a posição na seqüência. Mesmo assim, o bi-campeão chega a marca histórica de 500 pontos na Fórmula 1. Alonso aliás que liderou os boatos desta semana, que dão conta de sua saída da Renault e ida para a BMW por três anos. Se eu fosse a Ferrari não deixava isso acontecer de forma alguma. Alonso indo hoje para BMW, Red Bull e Toyota é sinal de encrenca, porque o que falta nessas equipes é um piloto campeão.

Quem me conhece sabe que eu não sou nenhum fã do Felipe Massa. Tecnicamente ele é mais limitado que Alonso, Raikkonen, Hamilton e Kubica, chegou na Ferrari por força do seu empresário que é filho de Jean Todt e só tinha ganhado até agora em circuitos projetados pelo alemão Hermann Tilke, sempre sainda da Pole Position. Na verdade esta é a segunda corrida das suas 8 que ele vence saindo do 2º lugar, uma por barbeiragem do Kubica e outra por probemas mecânicos do companheiro, ou seja, ainda tem muito o que provar como piloto. Porém, tenho que reconhecer que este ano ele parece estar mais experiente e aprendido com seus erros, portanto tem grandes chances de conquistar o campeonato, apesar de historicamente ter uma performance baixa na parte européia do campeonato.

Frase da transmissão: quando Kimi Liderava e fazia voltas e voltas mais rápidas Reginaldo Leme disse: “Olha o Raikkonen devagar!” Galvão Bueno respondeu: “Não Reginaldo, esse é o Replay de uma freada!” .

Confira a classificação dos campeonatos de pilotos e equipes. Atenção para o banho que a BMW vem dando na McLaren até agora e na briga intensa entre Toyota e Red Bull:

Pilotos:
1) Felipe Massa - 48
2) Robert Kubica - 46
3) Kimi Räikkönen - 43
4) Lewis Hamilton - 38
5) Nick Heidfeld - 28
6) Heikki Kovalainen - 20
7) Jarno Trulli - 18
8) Mark Webber - 18
9) Fernando Alonso - 10
10) Nico Rosberg - 8
15) Rubens Barrichello - 2
16) Nelsinho Piquet – 2

Equipes:
1) Ferrari - 91
2) BMW Sauber - 74
3) McLaren-Mercedes - 58
4) Red Bull-Renault - 24
5) Toyota - 23
6) Williams-Toyota - 15
7) Renault - 12
8) Honda - 8
9) STR-Ferrari - 7
10) Force India-Ferrari - 0

sábado, 21 de junho de 2008

Número 0 vence a 1ª no ano.


Com uma largada espetacular, ultrapassando 4 carros na primeira curva, Cacá Bueno vence a primeira no ano, entrando definitivamente na briga pelo título, se aproximando dos pilotos da equipe de Andreas Mattheis, que dominaram as primeiras etapas do campeonato.

Mas a vitória não foi tão fácil. Após a largada excepcional, Cacá se distanciou dos outros pilotos, porém um Safety Car fez com que o piloto Valdeno Brito, também da equipe dos líderes do campeonato, ficasse sempre próximo de Cacá.

A equipe Medley A. Mattheis ainda tentou uma estratégia ousada, parando para reabastecimento nos últimos minutos de boxes abertos. Mas um pequeno tráfego antes da parada, foi suficiente para que Cacá voltasse a liderar.

Mesmo com a pressão exercida por Valdeno Brito, com a pista suja e úmida em função da garoa que caiu a manhã inteira (era nítido que o carro saia de traseira), Cacá liderou até a bandeirada final.

Confira como ficou o campeonato, lembrando que os 10 mais bem colocados, disputarão o título nas 4 corridas finais:

1) R. Maurício/WA Mattheis - 74
2) M. Gomes/Medley/A.Mattheis - 65
3) T. Camilo/Texaco Vogel - 42
4) C. Bueno/Eurofarma RC - 39
5) A.Jorge Neto/Eurofarma RC - 38
6) V. Brito/Medley/A.Mattheis - 36
7) A. Feldmann/Boettger - 25
8) Á. Abreu/JF - 24
9) Ro. Sperafico/Avallone - 22
10) G. Losacco/JF - 22
11) N. Figueiredo/Officer Pamplona's - 19
12) D. Serra/Red Bull - 17
13) P. Bueno/Hot Car - 16
14) L. Burti/Action Power Sky - 15
15) H. Orsi/Red Bull - 13
16) F. Maluhy/Avallone - 13
17) D. Muffato/RC3 Bassani - 9
18) D. Pamplona/Officer Pamplona's - 9
19) A. Bragantini/Nova RR - 7
20) J. Campos/Panasonic L&M - 6
21) Tar. Marques/Action Power Sky - 6
22) P. Gomes/RC3 Bassani - 5
23) I. Hoffmann/AMG - 5
24) Thi. Marques/K-Med Action Power - 3
25) R. Zonta/Panasonic L&M - 2
26) J. Moro/Hot Car - 1
27) A. Pizzonia/K-Med Action Power - 1
28) L. Kaesemodel/AMG - 1
29) C. Alves/Nascar - 0
30) Ri. Sperafico/Panasonic L&M - 0
31) G. Negrão/Vogel - 0
32) T. Medeiros/Nascar - 0
33) A. Khodair/Boettger - 0
34) W. Starostik/WA Mattheis - 0
35) N. Gresse/Nova RR - 0
36) R. Fontes/Nascar - 0

GP da França é da Ferrari


Hoje pela manhã o piloto finlandês Kimi Raikkonen conquistou a pole position para o GP da França de Fórmula 1 com o tempo de 1’16”449, seguido pelo brasileiro Felipe Massa com o tempo de 1’16”490, ambos pilotos da Ferrari. Além disso, Kimi marcou a pole de número 200 da escuderia italiana, marcando para sempre seu nome na história da equipe mais popular da categoria.

Lewis Hamilton conseguiu o 3º tempo, mas largará em 13º em função do acidente que provocou nos boxes do GP do Canadá, assim como Nico Rosberg que largará da última posição, pois não passou da primeira parte do treino classificatório.

Com relação aos outros brasileiros, Nelsinho Piquet conseguiu a 11ª posição mas largará em 10º em função das punições, como é o caso de Rubens Barrichello com o decepcionante 17º que na verdade é 18º.

Se a corrida for normal, as Ferraris devem terminar na frente, e o retrospecto favorece Kimi Raikkonen. Em 2006 Massa largou em 2º e terminou em 3º, Raikkonen na McLaren largou em 6º e terminou em 5º. Em 2007 Massa largou em 1º e terminou em 2º, Raikkonen largou em 3º e terminou em 1º. Confira como ficou o grid para a corrida que acontece amanhã, a partir das 9h00 (horário de Brasília), com transmissão ao vivo da Rede Globo:

Em tempo, o piloto Heikki Kovalainen da McLaren foi punido após o término da transmissão com a perda de 5 posições no grid de largado por ter atrapalhado a volta rápida de Mark Webber. O grid abaixo está atualizado:

1. Kimi Raikkonen, Ferrari
2. Felipe Massa, Ferrari
3. Fernando Alonso, Renault
4. Jarno Trulli, Toyota
5. Robert Kubica, BMW Sauber
6. Mark Webber, Red Bull
7. David Coulthard, Red Bull
8. Timo Glock, Toyota
9. Nelson Piquet, Renault
10. Heikki Kovalainen, McLaren
11. Nick Heidfeld, BMW Sauber
12. Sebastian Vettel, Toro Rosso
13. Lewis Hamilton, McLaren
14. Sebastien Bourdais, Toro Rosso
15. Kazuki Nakajima, Williams
16. Jenson Button, Honda
17. Rubens Barrichello, Honda
18. Giancarlo Fisichella, Force India
19. Adrian Sutil, Force India
20. Nico Rosberg, Williams

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O Corredor Polonês

Neste final de semana foi realizado o GP do Canadá, sétima etapa da temporada de 2008 da Fórmula 1 e pela primeira vez na história um polonês ganha uma corrida de F1. O GP do Canadá é sempre marcado pela entrada do Safety Car ou carro de segurança, em função do grande número de acidentes que sempre ocorrem no circuito e esta corrida não foi uma exceção.

Após um acidente envolvendo o piloto Adrian Sutil da equipe Force Índia, o Safety Car entrou na pista e os box foram abertos par trocas de pneus e reabastecimento e o pole position Lewis Hamilton não percebeu que a dois carros tinham parado na entrada do box aguardando a luz verde e chocou seu carro contra o do Finlandês Kimi Raikkonen. Assim começou a trajetória vitoriosa do polonês, porque ele estava em segundo lugar quando parou e o primeiro e segundo colocados acabavam de sair da corrida.

Após esse incidente, ele foi ameaçado apenas uma vez por seu companheiro de equipe, mas mostrou que é um ótimo piloto fazendo voltas velozes e abrindo uma diferença confortável, que possibilitou uma segunda parada nos boxes tranqüila, até a bandeirada final.

Quanto aos brasileiros, Nelsinho Piquet estava fazendo uma ótima corrida até que saiu da pista e parou no segundo pit stop com seu carro quebrado. Felipe Massa largou mal em sexto, foi prejudicado pela Ferrari no primeiro Pit Stop e deveria terminar em sexto, mas por um erro do piloto Timo Glock da Toytota, acabou chegando em quinto lugar. Rubens Barrichello fez milagre e chegou em sétimo arrastando o carro horrível da Honda.

Final de semana de estréias na Fórmula 1, a primeira vitória de Robert Kubica, a primeira vitória de um polonês, a primeira vitória da equipe BMW. É um piloto que promete.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

E por falar em Barrichello...

Hoje de madrugada estava assistindo o programa A Noite é uma Criança do apresentador Otávio Mesquita, na TV Bandeirantes. Ela estava mostrando o museu do circuito de Indianápolis, durante o maior evento automobilístico do mundo, as 500 milhas de Indianápolis, uma corrida que leva 500.000 pessoas todos os anos ao autódromo.

No museu, além de muitos carros que ganharam as 500 milhas desde 1911, existe uma seção onde são expostos carros de Fórmula 1 e para minha surpresa um dos carros era a Stewart utilizada por Rubens Barrichello. O outro carro era a Benetton do Schumacher. A explicação para a preferência por estes dois carros está no motor utilizado por ambos: Ford, uma das mais marcas mais usadas no mundo e que foi por muito tempo o motor principal da Fórmula 1.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Esqueceram do Barrichello.

Eu acompanho Fórmula 1 desde 1987, quando o grande Nelson Piquet conquistou seu 3º título mundial com a fantástica Williams/Honda, disputando o campeonato com o inglês Nigel Mansell, portanto não sou viúva do Ayrton Senna, não que isso tenha algum problema.

Ayrton Senna não morreu apenas, ele virou mito, um símbolo do Brasileiro que vence o mundo em cima de um carro de corrida, levando a bandeira, o hino e o sobrenome Silva para todos os pódiuns possíveis e imagináveis, existentes no mundo. Ele venceu Prost, Balestre, Mansell, Mônaco, Spa, Hockenhein até conhecer a fatídica Tamburello.

Quando o inesquecível Senna morreu, todos procuraram imediatamente um substituto no primeiro otário que aparecesse e ele atendia pelo nome de Rubens Barichello.

Rubinho caiu na bobagem de prometer coisas que não poderia cumprir a bordo de uma Jordan ou de uma Stewart, e mesmo assim conseguiu feitos impressionantes nestas equipes nanicas: 2 poles, 2 segundos lugares, 4 terceiros e 77 pontos. Nessa época ele já era achincalhado em todas as esferas possíveis e imagináveis, chamado pelo singelo pseudônimo de Pé-de-chinelo.

Até que em 2000 a Ferrari, cansada das peripécias de um fanfarrão chamado Edie Irvine, contratou o competente Rubens Barrichello para comandar suas máquinas magníficas. Os brasileiros então se encheram de alegria e esperança, pensando em vitórias e no 9º título mundial para o Brasil. Só não contavam com a presença de um certo alemão na equipe.

Resumindo, Rubinho saiu da Ferrari com 11 poles, 9 vitórias, 24 segundos lugares e 22 terceiros, dando 5 títulos para Schumacher e para a Ferrari. Sim, porque sem Rubinho ao seu lado, o grande Schumacher conseguiu no máximo um vice-campeonato. Aí veio Felipe Massa, um garoto arrojado, cara de bravo, punhos em riste, 3º em 2006, 4º em 2007, mas ganhou no Brasil, é apadrinhado por Jean Todt e é muito rápido, ou seja, Rubinho virou mais pé-de-chinelo do que nunca. Ainda por cima, Rubinho assinou com a Honda e a equipe entrou numa espiral descendente fazendo com que depois de 14 temporadas, em 2007, Rubens não marcasse nenhum ponto sequer, fato inédito em sua carreira.

Mas não há mal que dure para sempre. Eis que surge Nelsinho Piquet, filho de um tri-campeão, numa equipe de ponta, contratado por um dos chefões da Fórmula 1 e sendo companheiro do bi-campeão Fernando Alonso. Receita para o sucesso? Errado! Após cinco etapas, já surgiram diversos boatos sobre a sua defenestração, não só da equipe, mas da Fórmula 1.

Se continuar desse jeito Rubinho será esquecido um pouco e poderá trabalhar sossegado mais alguns anos. Torço para que o empresário dele seja muito bom e tire-o dessa bomba de equipe Honda, que não tem perspectiva de melhora pela frente. Se ele conseguir mais algumas vitórias poderá ultrapassar alguns pilotos e chegar na 30ª posição do ranking histórico da Fórmula 1, excetuando-se os 29 campeões mundiais, um feito que é pra muitos poucos. Mesmo assim, Rubens Barrichello, possui números expressivos para um piloto de ponta: 13 poles, 9 vitórias, 15 voltas mais rápidas, 61 pódiuns, 259 GP's e 522 pontos. Para aqueles que só conhecem o pé-de-chinelo, é um prazer apresentar Rubens Barrichello, um grande piloto de Fórmula 1.