domingo, 19 de abril de 2009

Não vi. Não perdi nada.

Assisto corridas de Fórmula 1 desde 1987 quando o grande Nelson Piquet, conseguiu seu tri com uma Willians/Honda imbatível. Desde esta época, não perco sequer uma corrida. Este ano já perdi duas. Não sei se é a idade, o saco cheio, a crise, o clima, o bagaço ou tudo junto, só sei que não assisti ao GP da Austrália e agora o da China, não porque não deixei o relógio para despertar, mas sim porque simplesmente apaguei na volta de apresentação e quando acordei novamente já era o Globo Rural.

Assistindo ao péssimo compacto feito nas coxas pela Rede Globo, pude perceber que aconteceu o previsível numa corrida com chuva intensa, se o pole position não fizer nenhuma besteira ele ganha porque simplesmente é o único que não tem ninguém a sua frente atrapalhando a visão.

Outra coisa, as rodadas que aconteceram com Hamilton, Alonso e outros pilotos menos talentosos, são imprevisíveis, até porque os pilotos citados sempre estão tentando superar seus limites e em condições extremas a probabilidade de cometer erros é maior, portanto, esqueça o comentário de que Hamilton não está com a cabeça no lugar, porque isso é abobrinha da imprensa tendenciosa, para criar eventos que serão aproveitados a exaustão nos noticiários.

Só pra dar um exemplo sobre esta questão da chuva, em 1972 (essa eu assisti em VT), o piloto francês Jean Pierre Beltoise, então na equipe BRM, conseguiu sua primeira e única vitória na Fórmula 1, no GP de Mônaco, no qual ocorria uma chuva incessante. Pra vocês terem uma idéia o nosso gênio Emerson Fittipaldi, do qual ninguém pode escrever mal uma linha sequer, saiu do traçado em certo momento da corrida simplesmente porque estava seguindo o carro da frente que errou e perdeu o traçado, ou seja, visibilidade zero. Beltoise largou em quarto, mas largou bem e liderou a prova quase de ponta a ponta e olha que nessa época tínhamos no grid pilotos do quilate de Denny Hulme, Niki Lauda, Graham Hill e Jackie Stewart, além do nosso querido Emerson, todos multi-campeões.

Voltando ao GP da China, não que Vettel só consiga ganhar na chuva, apesar dessa ser sua segunda vitória nas mesmas circunstâncias. Pelo contrário, acredito que o garoto é o sucessor natural de Schumacher. Eu acredito ainda que a Red Bull conseguirá um carro competitivo este ano, principalmente porque tem um piloto com um potencial para campeão do mundo e que fará a equipe trabalhar com o intuito de dar um carro melhor a ele. Coisa que sempre faltou na Toyota, por exemplo.

Quanto a Brawn-Mercedes, não dá para falar muito numa corrida com condições como esta, a corrida do Bahrein em condições normais, deverá ter uma disputa envolvendo novamente os pilotos da equipe novata, a não ser que alguém consiga uma mágica, coisa que na Fórmula 1 ocorreu poucas vezes. Um campeonato bem administrado começa desde a primeira corrida e a Brawn, principalmente Ross Brawn, é mestre nesse aspecto.

Quanto ao resto, a Ferrari está no mesmo nível de 2005, a Renault só tem o talento de Fernando Alonso para lhe salvar, a McLaren idem, mas com Hamilton, a Toyota depende do Truli acordar com o pé esquerdo ou o direito, a BMW e Kubica estão decepcionantes, a Willians está se transformando novamente no cavalo paraguaio dos últimos anos, a Toro Rosso e a Force Índia estarão brigando pelas últimas posições o ano todo.

Semana que vem, teremos Bahrein, com treino no sábado às 8h e corrida no domingo às 9h. Dessa vez estarei acordado. Bom Tiradentes a todos.

Imagens: Google.

Nenhum comentário:

Postar um comentário